quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ópera dos Corpos



Apenas o fato de estar próximo me dava vontade de amar ainda mais, apenas um toque e todo o meu ser vibrava e as ações fugiam do meu controle, apenas sendo levado em direção a uma sensação inesperada já conhecida.
A dor se mistura a paixão dando o toque poético no ato primal dos desejos impronunciáveis que caem como vestes jogadas as pressas no chão, e não há necessidade de palavras porque o corpo fala por si só, as respostas são objetivas, sem devaneios, transformando tudo numa bela dança em perfeita sincronia, que termina magistralmente numa explosão de cores e emoções indescritíveis, mas que duram apenas alguns instantes de puro êxtase vivo, sólido, inebriante.
Mas então após a o grande espetáculo a grande ópera corporal tem fim e o cansaço domina os artistas.

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